
05 Set Conheça os nossos Embaixadores para a Rock ‘n’ Roll Meia e Mini Maratona 2017
A sua participação na campanha ‘Correr para Respirar’ é uma inspiração para os restantes atletas e representa um forte contributo no despertar de atenção para a Fibrose Quística.
Fábio Duque Francisco
29 anos, músico, empreendedor, marido e pai. Fábio Duque Francisco, considera-se hoje um homem minimamente concretizado, mas não nega que a sua doença fez parte do percurso e fará parte do futuro. Aos 9 anos foi-lhe diagnosticado Fibrose Quística, doença com a qual tem vivido e convivido.
Apesar dos desafios, sempre foi um praticante assíduo de desporto, desde BTT, voleibol, atletismo até natação. Acabou mesmo por seguir ciências do desporto a nível de ensino superior. Foi professor de educação física, hidroginástica, cycling e natação, entre outras tarefas da área. Foi ainda vendedor na Decathlon e até trabalhou numa padaria e numa biblioteca antes de perceber que precisava de algo mais.
Igualmente motivado pela música (área na qual é vocalista e co-fundador de uma banda de rock), aos 23 anos decide procurar algo mais desafiante e ligado à criatividade, tendo-se tornado sócio de uma produtora de vídeo com dois amigos, onde hoje assume funções de gestão.
Durante toda a vida abraçou desafios, e em 2017 abraça o desafio de ter sido pai pela primeira vez.
Dicas de Treino
Dar o 1º passo.
O primeiro passo é consciencializar-me que vou mesmo fazer a meia-maratona. Pode soar óbvio, mas a barreira psicológica é a primeira barreira a saltar. Só dizendo a mim mesmo que vou conseguir é que conseguirei ganhar o empenho e motivação necessários para trabalhar para lá chegar.
Obviamente que este tipo de atitude tem de estar dimensionada com algum realismo face ao desafio que temos pela frente: se fosse uma corrida de 5 km eu poderia ter a mesma atitude mas não estaria a desafiar-me o suficiente, e se o desafio fosse uma maratona estaria a ser demasiado optimista face ao que consigo alcançar. A atitude positiva não quer dizer que ignoremos os nossos limites.
Não fazer as coisas sozinho.
Mesmo para alguém com um background em desporto, que é o meu caso, a ajuda externa é algo que não devemos ignorar quando nos propomos a atingir uma meta. E por isso vou contar com o meu amigo e personal trainer Dário Marreiros para me ajudar com o planeamento dos treinos e preparação da prova.
Mas esta ajuda de que falo não é só no planeamento. A companhia nos treinos também é essencial, e conseguir ter amigos que acompanhem ocasionalmente é um factor que aumenta o nosso compromisso e esforço durante as sessões.
Planear os treinos.
Vou treinar 3 vezes por semana, começando com treinos mais curtos e aumentando gradualmente a duração, medindo adicionalmente a distância que vou fazendo nas sessões de treino. Vou começar praticamente “sem treino”, visto não treinar corrida há muito tempo, e tenho de tomar isso em consideração no ritmo de corrida, para fazer treinos aerobicamente sustentáveis. É muito importante neste tipo de prova saber que estamos com um ritmo que conseguimos manter do início ao fim, e esse ritmo muda ao longo da vida.
Relativamente aos treinos, aconselho sempre cada pessoa a consultar um profissional de Desporto. Cada indivíduo tem uma imensidão de particularidades que afectam aquilo que é o treino ideal, desde a zona de residência, horários de trabalho, disponibilidade, tudo deve ser tido em conta quando é estabelecido um plano de treino.
Planear a prova.
Planear a prova é algo que não deve ser ignorado. Desde a logística, passando pela alimentação no dia, equipamento a utilizar até ao conhecimento o percurso. Tudo são aspectos que devem estar previamente interiorizados para o máximo conforto. Esse conforto é muito importante, mesmo para quem não é profissional e não está a competir (que é o meu caso).
Não deixar que a Fibrose Quística nos ‘parta as pernas’.
Todos nós temos limites, cada um tem de saber estar e conhecer os seus limites, mas a Fibrose Quística não é um limite. A Fibrose Quística é uma doença grave, não deve ser ignorada, mas são as consequências da doença que podem ou não estabelecer alguns limites e devemos lidar com isso como qualquer pessoa normal.
No meu caso, além da função pulmonar limitar uma boa oxigenação dos músculos, tenho também alguma fragilização de articulações e tendões como consequência de alguns medicamentos. É importante durante os treinos perceber que alguns limites podemos tentar desafiar (como o cansaço que nos obriga a abrandar), mas o acto de desafiar outras situações, como uma dor num tendão, pode resultar em lesões que dificultem ou impossibilitem a participação na corrida.
Helgi Daníelsson
Helgi Daníelsson (1981) é um ex-jogador de futebol profissional islandês que jogou pelo Peterborough (Reino Unido), AIK Stockholm (SE), Hansa Rostock (DE) e C.F. Belenenses (PT) tendo representado a seleção islandesa em 33 jogos.
Helgi apaixonou-se por Portugal onde reside há vários anos com a família. Atualmente trabalha na Agência de Drogas e Toxicodependência da UE, em Lisboa e, ao mesmo tempo, frequenta o Mestrado em Química.
Quando ouviu falar sobre nossa iniciativa de apoio à Fibrose Quística, ‘Correr para Respirar’, Helgi não ficou indiferente e ofereceu-se para participar na Meia Maratona pela ANFQ.
Inscreva-se já venha fazer parte da Equipa ANFQ
com o Helgi e o Fábio!
Todas as informações em
CORRER PARA RESPIRAR!
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